Musa Livre

era tanta saudade
tanto desprezo
que a felicidade não conseguia encontrar seu lugar
era tanto desamor
tanto rancor
que o amor se esqueceu de acordar
era tanta pobreza
tanta incerteza
que a esperança não conseguia reinar
tudo era parco
fraco
minimizado
naquele lugar sujo
frio
descomunal
que musa livre
voou para outras pastagens
encontrou novo esplendor
e deixou o peito do poeta
para viver outro amor

agora, tudo é paz
calma
tudo tem alma
cor
sabor
e o peito castigado
continua só
em seu eterno desamor
entregue às angústias
de uma vida
sem sentido

Estêvão Cruz, 29/4/8

6 comentários:

.raphael. disse...

Vida sem sentido é quando o poeta vive em desamor não?

Bela poesia!

Abraços

Renata Silva disse...

mmm
vc tá falando do meu peito?

E eu assumo, tenho problemas com sanidade. Mas não ligo, faz parte do meu "eu criativo".
Beijos

Anônimo disse...

e a musa livre voou e nunca mais voltou.....

talvez ela volte....

beijo!Gisele

Unknown disse...

Acredito que a musa só se tornou livre quando deixou o poeta. Se o amor nos tira a liberdade (e é praticamente certo de que ele nos tire), por outro lado o desamor também nos prende. Então, a Musa, agora livre (mas não tão livre), vive angustiada, sem o amor do poeta e sem sentido para a vida. A melhor forma de encontramos explicação para este paradoxo que é a vida é vivendo, não é, poeta? Beijos meu amigo.

Atriz disse...

Meu novo post fala exatamente de vida sem sentido...

beijo!!!!! Gisele

Aguardo novas postagens!

R Lima disse...

Onde não há amor não reina a compreensão.. onde o encanto de existir não permeia.

Estou de volta meu velho,




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