Circo
plástica
sorrisos falsos
alegrias pré-fabricadas
não consigo ser palhaço
de um circo sem mágica
viver fantasias enlatas
encaixotado num canto
vazio
escuro
sujo
prefiro ser pedinte
em um mundo livre
mendigar o amor na esquina
a felicidade pintar nas ruas
lançar desmesuras no meio do trânsito
e dançar ao som da chuva
que cai multicolorida
sobre meu corpo
que é repleto de luz
sonho
som
tem alma
calma
enquanto isso...
aguardo meu número
Estêvão Cruz, 30/9/8
Tédio
ai...
que tédio
que saco
que vontade de sumir do mapa
as coisas não se encaixam
eu mesmo não me encaixo em mim
algo me incomoda
muitas coisas me irritam
tô igual a uma bomba
pronto para explodir!
as coisas se complicam
ou sou eu quem complico tudo?
percebi que perdi pessoas muito importantes
distância não era para existir...
preciso de colo
de ombro
quero gritar
sacudir algumas pessoas
esbofetear outras
ficar perto de algumas
mudar conceitos
formas
regras
desfazer o feito
fazer o desfeito
contradizer
metas
planos
tramas
o nada prevalece
sobre o tudo
inquietação vá embora!
me deixe sossegado
no meu cantinho
na minha
com minha solitária felicidade
com minha loucura habitual
leve contigo o racionalismo
que está me abatendo
para que eu viva
mesmo que sozinho
no meu mundinho
no meu circo pessoal
...
In Sanidade
O Caminho
caminhar
um passo de cada vez
passos subseqüentes
que me levam
a outro lugar
rumo ao desconhecido
o inimaginável
tudo é relativo
nada é concreto
sou feito de escolhas
emoções
sensações
discernimentos
momentos
procuro Tua face
viver contigo é o que quero
trasnforma meu ser
meu viver
faz de mim
um novo ser
íntegro
pleno
preencha meu ser
meu viver
com Seu amor
"faz do meu nada amor"
Estêvão Cruz, 9/9/8