Sublimação

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Sua face eu busco
a Ti eu quero ver
quero gravar
em meu coração
todo o amor
que sinto por Ti
venha agir em mim
completa meu viver
me faz novo
renascido
dá-me completude
faz de mim
ser
tudo é Teu
quero me entregar
ao Seu amor
e fazer dele meu norte
minha sorte
e só por Ti viver


Estêvão Cruz, 1/12/8

Felicidade

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feliz felicidade
iluminou minha cara
me deu riso novo
me fez sonhar

feliz felicidade
retire os excessos
lave a cegueira
me faz ver
enxergar
e te alcançar
em plenitude

feliz felicidade
retire o rancor
o ranço do meu peito
faz-me amar
como nunca
viver sem medo do acaso
do desconhecido
adentrar pelo caminho
navegar no mar
sem medo de me afogar

feliz felicidade
faz de mim
feliz

Estêvão Cruz, 6/10/8

Circo

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plástica
sorrisos falsos
alegrias pré-fabricadas
não consigo ser palhaço
de um circo sem mágica
viver fantasias enlatas
encaixotado num canto
vazio
escuro
sujo
prefiro ser pedinte
em um mundo livre
mendigar o amor na esquina
a felicidade pintar nas ruas
lançar desmesuras no meio do trânsito
e dançar ao som da chuva
que cai multicolorida
sobre meu corpo
que é repleto de luz
sonho
som
tem alma
calma

enquanto isso...
aguardo meu número

Estêvão Cruz, 30/9/8

Tédio

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ai...

que tédio

que saco

que vontade de sumir do mapa

as coisas não se encaixam

eu mesmo não me encaixo em mim

algo me incomoda

muitas coisas me irritam

tô igual a uma bomba

pronto para explodir!

as coisas se complicam

ou sou eu quem complico tudo?

percebi que perdi pessoas muito importantes

distância não era para existir...

preciso de colo

de ombro

quero gritar

sacudir algumas pessoas

esbofetear outras

ficar perto de algumas

mudar conceitos

formas

regras

desfazer o feito

fazer o desfeito

contradizer

metas

planos

tramas

o nada prevalece

sobre o tudo

inquietação vá embora!

me deixe sossegado

no meu cantinho

na minha

com minha solitária felicidade

com minha loucura habitual

leve contigo o racionalismo

que está me abatendo

para que eu viva

mesmo que sozinho

no meu mundinho

no meu circo pessoal


Estêvão Cruz, 30/9/8

...

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quando faz
reclama
quando não faz
reclama
quando tem
reclama
quando não o tem
reclama
quando vai
reclama
quando não vai
reclama
...
mas que povinho medíocre, meu Deus!

Estêvão Cruz, 2/9/8

In Sanidade

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"E que a minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor
e a outra metade... também" (Oswaldo Montenegro)


louco sou
serei
virei
de tanto querer
ser certo
correto
íntegro

louco sou
ao saber
o que é certo
ao querer ser esperto
ao deixar de viver

louco sou
quando amo
quando me entrego
me nego
me lanço
muitas vezes sozinho
no olho
no âmago
do furacão

louco sou
pois a loucura é minha amiga
minha fiel companheira
de felicidades
desilusões
sonhos
razões
é ela quem me afaga
acolhe
leva
pelo mundo
a vagar

louco sou
fui
serei
assim quero viver
com meus loucos
e inimagináveis
devaneios

Estêvão Cruz, 16/9/8

O Caminho

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caminhar
um passo de cada vez
passos subseqüentes
que me levam
a outro lugar
rumo ao desconhecido
o inimaginável
tudo é relativo
nada é concreto
sou feito de escolhas
emoções
sensações
discernimentos
momentos

procuro Tua face
viver contigo é o que quero
trasnforma meu ser
meu viver
faz de mim
um novo ser
íntegro
pleno
preencha meu ser
meu viver
com Seu amor
"faz do meu nada amor"

Estêvão Cruz, 9/9/8

rio

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rio

rio sim

rio de mim

rio meu

com seu mar de gargalhadas

com sua euforia

com seu doce pão

que alimenta minha vista

e minha vida

rio das desventuras

das alegrias

rio das belezas

e das tristezas

rio contigo

rio comigo

rio por que rio

e vivo rindo

rio, rio, rio

so-rio


Estêvão Cruz, 22/8/8


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Lua, lua, lua

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lua, lua, lua

tão distante e tão perto...

seu doce mirar

a me fitar

me dá vida

me aquece a alma

me acalma


lua, lua, lua

linda no alto céu

tão distante de mim...

ilumine os caminhos

faça-me enxergar

chegar até você

e me entregar

a paixão

que aquece meu coração

frio

machucado

por não estar

perto do ti


lua, lua, lua

não desprezes

o sentimento

que entrego a ti

faça de mim estrela

me coloque ao seu lado

para que eu possa

cantar

demonstrar meu amor

a ti

inspiradora musa

que a tanto

me acompanha

distante

com seu doce

iluminado

olhar


Estêvão Cruz, 22/8/8




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O Erro

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errei
errei por não querer errar
errei por não saber amar
errei por não pensar
por me deixar levar
por ideais pré-fabricados
por futilidade
por hipocrisia
estupidez
única
exclusivamente
minha
errei por ser vil
no sentido mais torpe
da palavra

Estêvão Cruz, 18/8/8

Imagem retirada do site: http://coletivosempapas.com/wp-content/uploads/2007/06/es-vergonha_r.jpg

De ontem em diante

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Bom, já tem um tempo que conheço o trabalho dO Teatro Mágico. Desde a primeira vez que ouvi me encantei e até hoje ouço com o mesmo prazer de quando descobri, por acaso (como a grande maioria das coisas que ouço). Confesso que só essa semana que prestei atenção à letra que coloco aqui (bem que queria que fosse minha, mas, como não o é... posto assim mesmo! kkk).

Um abraço à todos! Té mais!


De ontem em Diante (Fernando Aniteli)




De ontem em diante serei o que sou no instante agora
Onde ontem, hoje e amanhã são a mesma coisa
Sem a idéia ilusória de que o dia, a noite e a madrugada
são coisas distintas
Separadas pelo canto de um galo velho
Eu apóstolo contigo que não sabes do evangelho
Do versículo e da profecia
Quem surgiu primeiro? o antes, o outrora, a noite ou o dia?
Minha vida inteira é meu dia inteiro
Meus dilúvios imaginários ainda faço no chuveiro!
Minha mochila de lanches?
É minha marmita requentada em banho Maria!
Minha mamadeira de leite em pó
É cerveja gelada na padaria
Meu banho no tanque?
É lavar carro com mangueira
E se antes, bem antes, um pedaço de maçã
Hoje quero a fruta inteira
E da fruta tiro a polpa... da puta tiro a roupa
Da luta não me retiro
Me atiro do alto e que me atirem no peito
Da luta não me retiro...
Todo dia de manhã é nostalgia das besteiras, das besteiras e das besteiras que fizemos ontem


Imagem retirada do site: http://www.matutofeio.com.br/blog/wp-content/uploads/2008/03/teatro-magico-ana-paula-vargas-maia-01.jpg
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Hoje, diferente dos outros dias, não vou de poesia... é isso mesmo, o poeta louco não cometeu mais um delírio... ele estava inspirado e decidiu escrever outro tipo de texto!

Lá vai!



Carta aberta aos meus amigos


A todos que um dia chamei de amigo, agradeço profundamente por ter feito parte, de alguma forma de minha vida e hoje não estão mais presentes... a vida segue... cada um toma seu rumo (até eu) e a distância, muitas vezes, é algo inevitável!

Sempre levei o discurso: tenho amigos por prazo de validade; depois de algum tempo eu os perco e tal... só que, ultimamente, a vida me pregou uma peça! Não posso levar mais esse discurso. Reencontrei amigos, fortaleci laços antes esquecidos e estou me descobrindo um novo amigo ao lado desses meus novos-antigos amigos. Para se ter uma idéia, cultivo amizades que já chegam ao tempo de 12 anos (praticamente uma amizade pré-adolescente!).

No sábado ouvi de uma pessoa que encontrei uma velha e totalmente verdadeira frase: amigo é a família que a gente escolhe. Realmente, acredito nisso, mas, muitas vezes nem temos a chance de escolher, a amizade acontece, os laços se estreitam e, quando percebemos, aquela pessoinha já faz parte de nossa vida de tal maneira que ter aquele amigo ao nosso lado é algo extremamente necessário.

Quero pedir desculpas a todos aqueles que não vejo há algum tempo. Vamos nos reencontrar por aí, juro! Já àqueles que convivem comigo, mais uma vez agradeço: obrigado por me aturar! Quando estou jururu num cantinho é só uma fase, coisa de momento, depois volto a ser o bobo de sempre!

Só posso dizer uma última coisa, adoro a todos vocês e tento a todo instante manter os laços que vamos criando no dia-a-dia. Se falhar ou falhei algum vez discuta comigo, não deixe passar, pois o que mais odeio e ficar mal com alguém, ainda mais quando considero essa pessoa um amigo.


Estêvão Cruz, 28/7/8


* Imagem retirada do site: http://admirado.files.wordpress.com/2006/11/amizade.jpg