a essência do ser

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sol
astro rei
ser luminoso
que aquece meus dias
venha alimentar esse sentimento
essa euforia que corre pelo mundo
venha ser luz onde ainda se faz trevas
venha ser guia nessa longa jornada
nessa descoberta do eu
nesse enigma do ser
torne a essência clara
límpida
devolva o amor ao amor
o perdão ao perdão
e a paz a todo o meu ser
conduze-me ao nirvana
faz-me transcender os limites do corpo
faz-me entender meus anjos e demônios
faz-me ser ser
em completude
em essência
em sentido

Estêvão Cruz, 28/2/8

A Casa

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dentro daquela casa fria
o amor reinava quente
os amantes eram ardentes
os inimigos distantes
os dias corriam calmos
as noites convidativas
e homens famintos
alimentavam mulheres fogosas
do amor que latejava em seu ser

dentro daquela casa fria
o corpo dissipava calor
a alma elevava
e revelava essência

doçura
amargor
volúpia
confundiam-se
num emaranhado de sensações
de emoções
e pensamentos

dentro daquela casa fria
tudo vivia
tudo era novo
renovado
a todo instante

dentro casa fria
não morava ninguém
todos eram apenas andarilhos
de um mundo sem rumo
sem prumo
sem ão

Estêvão Cruz, 23/2/8

E a poesia escorre...

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Salve, salve, meu povo!

A correria está aí! Realmente o ano começou e, com isso, os dias ficam mais agitados. Melhor isso do que o marasmo!...

Pois é... faz um tempo que não escrevo nada... vamos quebrar esse jejum! Vamos de um novo poema!

Espero que gostem desse novo devaneio do poeta que vos fala! Fico na espera dos (possíveis) comentários!

Abraços! Té mais!



Constelações


lanço estrelas num céu de sentimentos
cada qual com seu brilho próprio
a razão mistificou um brilho ímpar
a loucura decifrou-se
o amor, com tanto brilho, amou o que via
o medo se escondeu com medo do desconhecido
o bom-senso sempre tenta ajudar a todos
mesmo com grande dificuldade
mas a esperança brilhou mais e acalmou a todos

os sentimentos acompanharam as estrelas
cada hora um brilha mais
cada qual com sua intensidade
cada qual por seu tempo
as estrelas viraram sentimentos
os sentimentos viraram estrelas
e juntos formaram constelações
de sentimentos-estrelas
e de estrelas-sentimentos
e habitaram meu universo

Estêvão Cruz, 20/2/8

Passarinho

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um desconforto na alma
um sentimento estranho
um ritmo diferente
a vida segue
e eu sigo junto dela
cadê meus sonhos...
minha letra e melodia...
o tempo tomou tudo
e sempre pede mais

como pássaro
abandono minhas asas
vôo por ruas antes vistas
por mares e oceanos desconhecidos
viro menino passarinho
no seu eterno medo de voar

voa, menino pássaro
o amanhã é doce
você pode voltar
e aqui encontrar um lar
ou buscar seu lugar ao sol
e se tornar águia majestosa
no alto céu
e para longe, longe voar
não mais voltar
deixar-me sozinho
com a lembrança do tempo
em que era apenas
um menino
e não sabia voar

voa, a vida é bela
para quem sonha
para quem vive
para quem se arrisca
a como pássaro viver
voa, mostre sua beleza
seja mais que um pássaro,
seja mais que homem
seja ser
seja você

Estêvão Cruz, 7/2/8

homens

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homens pré-históricos
andam pelas ruas
sacodem a poeira dos corpos
alimentam-se dos restos
de uma civilização decadente
homens pré-históricos
andam pelas ruas
consomem o amor abandonado
nas esquinas
da ilusão
do desamor
da ganância
homens pré-históricos
andam pelas ruas
fazem casas de sentimentos
transformam suas vidas em essência
ensinam os homens a viverem
como homens
pré-históricos
andam
pelas
ruas

Estêvão Cruz, 7/2/8

E agora José?... A festa acabou... (Drummond)

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É!!! Que feriadão, hein?! O ócio tomou conta de mim nesses últimos dias. Fiquei em casa, só "de boa"! kkk
Mas, como dito anteriormente, agora o ano começa de fato! Acabou a farra! Temos que trabalhar!
Por estar parado, nada produzi e, para não ficar muito tempo sem colocar nada novo no blog, vai um poema que escrevi em outubro.

Obrigado pelas visitas e comentários!

Paciência

paciência
virtude almejada por muitos
desprezada por outros
sofrimento dos medrosos
autocontrole?
pressa ao contrário?
será que o tempo espera
ou somos nós que esperamos por ele?
a vida não para
e a cada instante
a paciência nos é solicitada
será que somos obrigados a vivê-la
ou ela se impõe
como um deus
como um ditador
para que possamos viver
como ovelhas na mão do pastor?
paciência!...

Estêvão Cruz, 22/10/07

"Mas é carnaval, não me diga mais quem é você... amanhã tudo volta ao normal..." (Chico Buarque)

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Salve, salve, simpatia!

É... carnaval "taí"! Momento de diversão, para alguns, descanso para outros... o ano vai iniciar, de fato, na próxima 5ª feira. Enquanto isso, vamos aproveitar e curtir os últimos momentos, ou não.

Vamos lá! Deixo mais um poema e uma música para entrar no clima de carnaval dos Los Hermanos (é... já tô com saudades da banda...!).

Um abraço! Té mais!


a rua

a mulher parada
observa a rua
enquanto a rua observa a mulher
pensativa
a mulher e a rua
a rua e a mulher
um não sei que de desconforto
por parte da mulher e da rua
um olhar triste da mulher
um convite morno da rua
a rua olha a mulher
com seu ar imponente
a mulher olha a rua
com seu ar pensativo
quente
mórbido
a mulher e a rua
duas damas em sintonia
a mulher está na rua
e a rua na mulher


Estêvão Cruz, 2/2/8


O pierrot
Composição: Marcelo Camelo

O pierrot apaixonado chora pelo amor da colombina
E a sua sina chorar a ilusão em vão, em vão

E a colombina só quer um amor
Que não encontra num braço qualquer
Essa menina não quer mais saber de mal-me-quer
Só do pierrot, pierrot
Pierrot, pierrot, pierrot, pierrot...

O pierrot apaixonado chora pelo amor da colombina
E na esquina se mata a beber pra esquecer, pra esquecer

E o pierrot só queria amar
E dar um basta a esta dor já sem fim
Mas colombina trocou seu amor por arlequim
E o pierrot, chora!
E o pierrot, chora!
E o pierrot, chora!
Pierrot...