Circo


plástica
sorrisos falsos
alegrias pré-fabricadas
não consigo ser palhaço
de um circo sem mágica
viver fantasias enlatas
encaixotado num canto
vazio
escuro
sujo
prefiro ser pedinte
em um mundo livre
mendigar o amor na esquina
a felicidade pintar nas ruas
lançar desmesuras no meio do trânsito
e dançar ao som da chuva
que cai multicolorida
sobre meu corpo
que é repleto de luz
sonho
som
tem alma
calma

enquanto isso...
aguardo meu número

Estêvão Cruz, 30/9/8

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